Hoje escrevo este texto a partir dos Açores, mais
concretamente da cidade de Ponta Delgada, onde irei participar como orador nas
Jornadas de Relações Públicas, da Universidade dos Açores. Aproveito esta
visita para escrever umas breves linhas sobre a marca Açores.
A chegada a partir de março das companhias low-cost aos Açores com a recente
liberalização do espaço aéreo irá aumentar exponencialmente o número de voos
para o arquipélago. Uma excelente notícia e um real impulso para o dinamismo e
crescimento da Ilha de São Miguel. Uma boa oportunidade para a marca Açores se
afirmar enquanto destino turístico de excelência a nível internacional. Beleza
natural não lhe falta. Agora é importante agir no campo da promoção, divulgação
e proporcionar a experiência do living
Açores, principalmente junto dos principais stakeholders.
Não falo em campanhas de publicidade megalómanas banais,
frias e desprovidas de qualquer tipo de emocionalidade. Nos tempos atuais, como todos sabemos, é
insuficiente comprar espaço publicitário nos diferentes suportes para
simplesmente nos autopromover. Refiro-me antes à execução de ações
personalizadas e diferenciadoras para pessoas chave entre decisores,
influenciadores, compradores e utilizadores. Refiro-me a potenciar histórias
reais – o ideal – ou à criação e desenvolvimento de conteúdos próprios
(storytelling). Refiro-me à capacidade de mostrar que somos relevantes e úteis
para os nossos públicos.
Por isso digo que não basta criar conceitos e imagens
bonitas – o apelidado embrulho – que só entusiasmam e cativam quem as
desenvolve. No paradigma atual da comunicação e da forma como se consome
informação, o mais importante é o conteúdo. E para isso é crucial estarmos
atentos a tudo e a todos que nos rodeiam, sermos curiosos, perspicazes e não termos medo de
ousar, mesmo que possamos falhar algumas vezes.
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