Foi publicado ontem no jornal Público uma carta de um leitor que se insurge contra a publicidade da marca Samsung presente no Cristo Rei (ver imagem). Segundo o mesmo "A responsabilidade social das empresas, tão em moda, passa também pela responsabilidade das marcas ao querer gerar notoriedade por associações a eventos e símbolos que gerem emoção nos consumidores. Mas atenção para que esta notoriedade não seja controversa nem nociva para a Samsung, e esta provavelmente é." O mesmo conclui: "por mim, só sei que nunca irei comprar televisores e outros produtos da Samsung".
Este é um importante alerta para as empresas que usam e abusam de patrocínios e associações indevidas. Estes (elevados) investimentos devem ser avaliados devidamente antes de serem realizados. Quais os prós e os contras de tal acção? Será que a marca em causa analisou previamente os factores culturais da população portuguesa? Os conceitos e as ideias não podem ser transportadas de país para país sem uma primeira análise situacional. Existem um conjunto de especificidades que têm de ser tidas em conta se não quisermos colocar em causa a identidade das nossas marcas que, na maior parte das vezes, tanto tempo demorou a construir.
1 comentário:
Parece-me incorrecto colocar a palavra Samsung debaixo do Cristo-Rei. Durante a sua vida, Cristo demonstrou claramente que não pactuava com este tipo de acções, quando expulsou os vendilhões do templo.
Não tenho nada contra Samsung. Simplesmente, Cristo nunca se quis comprometer com o capital e julgo que essa vontade deveria ser respeitada, ainda que as pessoas nem sejam católicas.
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