A IMS Health revelou hoje dados que demonstram que os portugueses estão a comprar menos preservativos. Apesar de Portugal ter a segunda mais alta taxa de incidência de Sida na Europa, registou-se um decréscimo de 10 mil embalagens comparativamente com o ano de 2004. Médicos e representantes de ONG’s nesta área já vieram a público reclamar mais informação e maior prevenção para inverter esta situação que, segundo os mesmos, não está ainda estabilizada.
Olhando um pouco para trás no tempo, recordo-me de duas ou três campanhas (penso que uma ainda está no ar). Na minha opinião o problema não está na falta de campanhas de sensibilização, está sim na qualidade das mesmas, no sentido de conseguirem impactar os seus targets de comunicação. São excessivamente tradicionais e não utilizam a linguagem mais apropriada.
No entanto este é apenas um feeling pessoal. São necessários estudos que permitam responder a questões tão simples mas tão relevantes como por exemplo se a televisão será o meio mais apropriado para a divulgação das mensagens. Sem este trabalho de campo e uma estratégia de comunicação coerente a médio-longo prazo, continuaremos certamente a assistir ao agudizar da situação. Penso que temos assistido nos últimos tempos apenas a campanhas avulsas que por isso não têm gerado os resultados esperados. Está na altura das entidades competentes reflectirem verdadeiramente no sentido de inverter este quadro dramático.
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