Ontem a meio da tarde uma das reféns do recente assalto ao BES enviou uma carta para a Agência Lusa a criticar o sistema de segurança dos bancos e o não acompanhamento psicológico por parte da polícia.
Minutos depois o take da agência noticiosa já se multiplicava pelos meios online, contendo inclusive as declarações do responsável de comunicação do banco. Ao final da tarde diversas rádios, como a TSF, já faziam também eco da notícia com declarações variadas. À noite, a SIC transmitia em exclusivo uma entrevista com a refém do assalto. O canal fez promoções deste exclusivo ao longo de todo o jornal, emitindo-o já perto do final. Hoje mesmo a notícia e a entrevista com a interveniente está presente em todos os jornais diários.
Este é apenas um exemplo de que hoje a informação circula numa velocidade estonteante, de forma quase incontrolável. Os profissionais de comunicação têm de estar preparados para estes autênticos tornados que invadem por vezes as instituições.
Os tempos de resposta têm de ser curtos. Eu diria mesmo imediatos para evitar males maiores. Os meios online vieram acelerar todo o processo de informação. Se antes as pessoas esperavam pelo telejornal das 20h para ficarem a par das notícias do dia, hoje a situação alterou-se com as pessoas a consultarem os sites informativos antes de regressarem a casa.
Uma outra questão é o poder e o protagonismo do cidadão comum nas histórias jornalísticas. Um assunto relevante a ser tratado aqui brevemente.
1 comentário:
É realmente interessante os novos personagens que surgem, normalmente, de uma situação de crise. Estes personanagens são muitas vezes esquecidos nas estratégias de comunicação das instituições...
Aguardo o regresso a este assunto.
Um abraço, António Valle (leitor atento e habitual do seu blog).
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