terça-feira, 26 de agosto de 2008

Facebook usado para encontrar voluntários para ensaios clínicos


A revista PR Week publicou recentemente um artigo que refere que as companhias farmacêuticas estão a solicitar às agências de comunicação que sejam mais inovadoras no sentido de fazer face à actual escassez de voluntários para os tradicionais ensaios clínicos.

Segundo a mesma fonte, os laboratórios estão cada vez mais direccionados para ferramentas como o Facebook e blogs, no sentido de promoverem os benefícios da participação da população neste tipo de estudos e por outro lado conseguirem impactar um conjunto alargado da sociedade.

De acordo com os dados mais recentes, 90% dos ensaios clínicos estão atrasados devido a problemas relacionados com o recrutamento de voluntários. A má percepção pública da indústria farmacêutica e dos próprios ensaios clínicos constituem as principais razões para a baixa participação registada.

domingo, 24 de agosto de 2008

Jogos Olímpicos



Hoje chegam ao fim os Jogos Olímpicos de Pequim e Portugal conseguiu a melhor participação de sempre. Sim, é verdade, o nosso país alcançou o melhor registo de toda a história com a obtenção de uma medalha de ouro e outra de prata. Será que os portugueses estão conscientes destes resultados? Será que o Comité Olímpico de Portugal conseguiu passar esta mensagem? Claramente, não.

Se fizéssemos hoje uma sondagem junto dos portugueses, certamente que iríamos obter uma opinião muito negativa dos portugueses sobre a performance da nossa delegação olímpica. As duas medalhas obtidas ficaram para um segundo plano, face às declarações estranhas, inoportunas e descabidas de alguns dos nossos atletas. Como se isto não bastasse, os avanços e recuos do presidente do COP relativos à sua permanência à frente deste organismo, constituíram mais “achas para a fogueira”.

Tudo começou mal quando, ainda em Portugal, foram colocados objectivos muito acima das nossas verdadeiras possibilidades. Depois, já em Pequim, a falta de estratégia, a inexistente selecção de mensagens, os timings desadequados e a não preparação dos responsáveis para comunicarem com os media tornaram o sucesso obtido num fracasso em termos de percepção pública.


segunda-feira, 18 de agosto de 2008

SIDA: A falta de eficácia das campanhas de sensibilização


A IMS Health revelou hoje dados que demonstram que os portugueses estão a comprar menos preservativos. Apesar de Portugal ter a segunda mais alta taxa de incidência de Sida na Europa, registou-se um decréscimo de 10 mil embalagens comparativamente com o ano de 2004. Médicos e representantes de ONG’s nesta área já vieram a público reclamar mais informação e maior prevenção para inverter esta situação que, segundo os mesmos, não está ainda estabilizada.

Olhando um pouco para trás no tempo, recordo-me de duas ou três campanhas (penso que uma ainda está no ar). Na minha opinião o problema não está na falta de campanhas de sensibilização, está sim na qualidade das mesmas, no sentido de conseguirem impactar os seus targets de comunicação. São excessivamente tradicionais e não utilizam a linguagem mais apropriada.

No entanto este é apenas um feeling pessoal. São necessários estudos que permitam responder a questões tão simples mas tão relevantes como por exemplo se a televisão será o meio mais apropriado para a divulgação das mensagens. Sem este trabalho de campo e uma estratégia de comunicação coerente a médio-longo prazo, continuaremos certamente a assistir ao agudizar da situação. Penso que temos assistido nos últimos tempos apenas a campanhas avulsas que por isso não têm gerado os resultados esperados. Está na altura das entidades competentes reflectirem verdadeiramente no sentido de inverter este quadro dramático.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

A Era do Imediatismo


Ontem a meio da tarde uma das reféns do recente assalto ao BES enviou uma carta para a Agência Lusa a criticar o sistema de segurança dos bancos e o não acompanhamento psicológico por parte da polícia.

Minutos depois o take da agência noticiosa já se multiplicava pelos meios online, contendo inclusive as declarações do responsável de comunicação do banco. Ao final da tarde diversas rádios, como a TSF, já faziam também eco da notícia com declarações variadas. À noite, a SIC transmitia em exclusivo uma entrevista com a refém do assalto. O canal fez promoções deste exclusivo ao longo de todo o jornal, emitindo-o já perto do final. Hoje mesmo a notícia e a entrevista com a interveniente está presente em todos os jornais diários.

Este é apenas um exemplo de que hoje a informação circula numa velocidade estonteante, de forma quase incontrolável. Os profissionais de comunicação têm de estar preparados para estes autênticos tornados que invadem por vezes as instituições.

Os tempos de resposta têm de ser curtos. Eu diria mesmo imediatos para evitar males maiores. Os meios online vieram acelerar todo o processo de informação. Se antes as pessoas esperavam pelo telejornal das 20h para ficarem a par das notícias do dia, hoje a situação alterou-se com as pessoas a consultarem os sites informativos antes de regressarem a casa.

Uma outra questão é o poder e o protagonismo do cidadão comum nas histórias jornalísticas. Um assunto relevante a ser tratado aqui brevemente.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

CV's


Este fim-de-semana em conversa com um amigo meu, copy de publicidade, fiquei a saber que a agência onde trabalha recebeu recentemente cerca de 400 CV’s em resposta a um anúncio colocado no site Carga de Trabalhos.

É legítimo que se tenha a ambição e o objectivo de vir a trabalhar numa agência de publicidade, sendo copy, art director, account, ou qualquer outra função. No entanto, não é razoável que se enviem CV’s que não correspondem minimamente aos requisitos do anúncio. É uma perda de tempo quer para o empregador como para o candidato. Tal ainda é mais absurdo quando se enviam candidaturas para diversas empresas no mesmo email onde todos os endereços estão visíveis.

Em plena época alta de mudanças, seja para um primeiro emprego ou não, o que é certo é que dado o panorama competitivo do mercado de trabalho actual, não se podem cometer erros desta natureza. Estamos na Era da Personalização e da Diferenciação. Tal como na esfera da Comunicação e Relações Públicas, temos de ser rigorosos e exigentes com o nosso marketing pessoal. Enviar candidaturas espontâneas ou responder a anúncios sem convicção e/ou conhecimento da empresa e respectivo cargo é apenas e somente SPAM!