O que até podia ser uma iniciativa inovadora e capaz de impactar um largo número de portugueses, que é algo cada vez mais difícil dada a multiplicidade de acções que se sobrepõem todos os dias, acabou por ser um fiasco devido à sua não concretização. Estou a falar-vos da acção “Neve no Marquês”, uma iniciativa do Banco Espírito Santo (BES).
Esta instituição bancária, em parceria com a agência de publicidade BBDO e a agência de eventos Stressless, pretendeu, nas palavras dos seus responsáveis, “proporcionar aos lisboetas in loco e aos portugueses em geral, através da televisão, momentos de lazer originais”. Deixem-me acrescentar, tentaram confrontar a iniciativa do Millennium BCP com a maior árvore de Natal da Europa, localizada também em Lisboa.
Anunciou-se que durante diversos dias, ao final de tarde, haveria no alto de um dos edifícios do Marquês de Pombal, seis canhões a “cuspirem” flocos de neve. Criou-se uma elevada expectativa junto da população (nomeadamente crianças) devido ao carácter original da iniciativa em pleno coração da capital portuguesa. No entanto, tudo acabou por não acontecer devido a uma falta de licenciamento camarário, e como se isto não bastasse, ainda foi levantado um auto por parte da polícia ao promotor do evento, por este ter instalado um palco e outros equipamentos sem a respectiva licença. Segundo o BES, “tudo foi adiado por motivos técnicos, não havendo ainda uma nova data para a realização da acção”. No entanto, é de lamentar que este comunicado só tenha sido enviado para as redacções dos meios de comunicação social 20 minutos antes da hora prevista para o início do evento.
Dada a complexidade e pioneirismo da iniciativa, esta esbarrou na falta de uma declaração da PSP a garantir a circulação rodoviária na rotunda durante os “nevões”, num pedido de licença de ruído e numa declaração de compatibilidade ambiental. Para além disto a Associação dos Cidadãos Auto-Mobilizados (ACAM) já tinha também nos últimos dias questionado a iniciativa, alegando que esta poderia causar um aumento e agravamento dos despistes, colisões e atropelamentos na zona. Requereu, inclusive, à administração do BES e à autarquia lisboeta esclarecimentos sobre a “realização de um estudo de risco de segurança rodoviária, previamente à autorização desta campanha”.
Quero com isto transmitir-vos que uma boa ideia é importante, mas a forma como se a concretiza é tão ou mais determinante para o resultado final. Ou por outras palavras, a ideia e a implementação da mesma não vivem separadamente, e o resultado de uma influencia automaticamente o resultado da outra.
A iniciativa “Neve no Marquês”, dada uma má concretização (ou falta de planeamento da acção) da ideia inicial, não só explorou todo o potencial mediático que tinha, como viu este mediatismo positivo transformar-se em negativo, com notícias de TV, rádio e imprensa a denunciarem a perplexidade e a desilusão dos populares face ao cancelamento da acção. Cabe agora apurar as responsabilidades pelo sucedido, mas uma coisa é certa, para o comum dos mortais, a imagem do BES foi afectada com esta caricata situação.
Esta instituição bancária, em parceria com a agência de publicidade BBDO e a agência de eventos Stressless, pretendeu, nas palavras dos seus responsáveis, “proporcionar aos lisboetas in loco e aos portugueses em geral, através da televisão, momentos de lazer originais”. Deixem-me acrescentar, tentaram confrontar a iniciativa do Millennium BCP com a maior árvore de Natal da Europa, localizada também em Lisboa.
Anunciou-se que durante diversos dias, ao final de tarde, haveria no alto de um dos edifícios do Marquês de Pombal, seis canhões a “cuspirem” flocos de neve. Criou-se uma elevada expectativa junto da população (nomeadamente crianças) devido ao carácter original da iniciativa em pleno coração da capital portuguesa. No entanto, tudo acabou por não acontecer devido a uma falta de licenciamento camarário, e como se isto não bastasse, ainda foi levantado um auto por parte da polícia ao promotor do evento, por este ter instalado um palco e outros equipamentos sem a respectiva licença. Segundo o BES, “tudo foi adiado por motivos técnicos, não havendo ainda uma nova data para a realização da acção”. No entanto, é de lamentar que este comunicado só tenha sido enviado para as redacções dos meios de comunicação social 20 minutos antes da hora prevista para o início do evento.
Dada a complexidade e pioneirismo da iniciativa, esta esbarrou na falta de uma declaração da PSP a garantir a circulação rodoviária na rotunda durante os “nevões”, num pedido de licença de ruído e numa declaração de compatibilidade ambiental. Para além disto a Associação dos Cidadãos Auto-Mobilizados (ACAM) já tinha também nos últimos dias questionado a iniciativa, alegando que esta poderia causar um aumento e agravamento dos despistes, colisões e atropelamentos na zona. Requereu, inclusive, à administração do BES e à autarquia lisboeta esclarecimentos sobre a “realização de um estudo de risco de segurança rodoviária, previamente à autorização desta campanha”.
Quero com isto transmitir-vos que uma boa ideia é importante, mas a forma como se a concretiza é tão ou mais determinante para o resultado final. Ou por outras palavras, a ideia e a implementação da mesma não vivem separadamente, e o resultado de uma influencia automaticamente o resultado da outra.
A iniciativa “Neve no Marquês”, dada uma má concretização (ou falta de planeamento da acção) da ideia inicial, não só explorou todo o potencial mediático que tinha, como viu este mediatismo positivo transformar-se em negativo, com notícias de TV, rádio e imprensa a denunciarem a perplexidade e a desilusão dos populares face ao cancelamento da acção. Cabe agora apurar as responsabilidades pelo sucedido, mas uma coisa é certa, para o comum dos mortais, a imagem do BES foi afectada com esta caricata situação.
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