segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Cavaco Silva vs Passos Coelho: análise às manifestações populares


Nos últimos dias assistimos a dois comportamentos distintos por parte do Presidente da República e do primeiro-ministro. O primeiro cancelou na passada 5ªfeira uma visita à Escola António Arroio. Já o segundo enfrentou os populares em Gouveia. Passos Coelho foi vaiado, enquanto Cavaco Silva evitou receção semelhante por parte dos alunos daquela escola nas Olaias, em Lisboa. O primeiro-ministro ficou claramente melhor na “fotografia”.

Não é aceitável que uma figura como o Presidente da República evite o contacto com o povo, quando foi eleito democraticamente por este, mesmo sabendo à partida que o cenário que iria encontrar não seria favorável ou simpático. Ainda para mais não teve coragem para assumir a verdadeira razão da sua ausência, preferindo mandar dizer que tal deveu-se a um “impedimento”. Uma situação prejudicial para a democracia e que não livra Cavaco de na próxima aparição pública ser novamente confrontado com o episódio da António Arroio. Ou será que o presidente irá evitar as pessoas e a “vida real” até ao fim do mandato?

Já Passos Coelho esteve bem. Mostrou que é um político mais maduro e sem medo de enfrentar uma população enfurecida. Conseguiu passar uma imagem de político dialogante e preocupado com os problemas das pessoas. Enfrentou os populares com naturalidade e a sua posição saiu reforçada. Foi bastante mais inteligente do que Cavaco.    

Continuo sem perceber os erros consecutivos de comunicação cometidos por Cavaco Silva. Apesar de ser um cargo muito mais resguardado do que o do primeiro-ministro, o que é certo é que tem acumulado incidentes atrás de incidentes, alguns perfeitamente infantis e evitáveis, tendo uma clara dificuldade em lidar com a crítica.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Lançamento "Mais Capital com as Relações Públicas"

É já amanhã o lançamento do mais recente livro sobre RP: "Mais Capital com as Relações Públicas". Lá estarei ao final do dia, no Espaço Açores, em Lisboa, a apresentar a obra num gentil convite do João Figueiredo. 

Entretanto este blog teve acesso a uma imagem exclusiva que demonstra a força e a influência das RP nacionais.




domingo, 5 de fevereiro de 2012

Comunicar para tablets




Apesar de ainda não existirem dados sobre o número de tablets vendidos em Portugal (corrijam-me se estiver errado), penso que ninguém tem dúvidas que esta nova forma de consumir informação veio para ficar. Bastará constatar a diversidade de modelos comercializados pelas marcas tecnológicas. O preço é contudo ainda um entrave que tende a desvanecer-se com uma ainda maior oferta de equipamentos e o amadurecimento do próprio mercado. Esta é uma realidade para a qual os profissionais de comunicação e relações públicas devem estar atentos.

Se até aqui a preocupação eram quase exclusivamente os conteúdos, atualmente a imagem é cada vez mais importante. Invista o seu tempo, esforço e energia nos seguintes pontos:

» Divulgação de conteúdos em vídeo;

» Utilização de fotos e infografias;

» Estabelecer links a outros conteúdos que possam ser uma mais valia para os jornalistas;

» Disponibilizar informação áudio;

» Solicite feedback aos conteúdos;

» Meça o impacto das mensagens.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O negócio da Comunicação



O António refere aqui e bem que o principal problema do sector da comunicação enquanto negócio é a baixa "percepção de valor sobre os serviços prestados e sobre os prestadores de serviço". Diz ainda que "sem estes problemas resolvidos, não serve de muito queixarmo-nos das avenças, e dos preços, e da concorrência. Sem haver diferenciação do lado da oferta, ninguém se pode queixar que a procura anda a esmagar a indústria". 

De facto na minha opinião, como há muito venho a dizer, a inovação e a diferenciação a todos os níveis, desde o contacto inicial com o cliente até à avaliação dos resultados, é que fará o cliente separar o trigo do joio. Um trabalho desafiante e uma missão muitas vezes árdua e demorada mas que acabará por dar os seus frutos de forma sólida e sustentada.   

Quanto aos sucateiros da comunicação, sempre existiram e certamente que continuarão a existir por muitos e longos anos.