Este não é o título do livro de Manuel Maria Carrilho (MMC) hoje apresentado, mas deveria ser, dadas as tremendas falsidades que ele contém. “Sob o signo da verdade”, nome real da obra literária, trouxe novamente MMC para o palco mediático. Tanto assim foi que até esteve presente hoje à noite no programa da RTP, Grande Entrevista, de Judite de Sousa.
MMC referiu na entrevista que o seu livro não é um trabalho de vitimização, nem de ressentimento porque ele não se queixa. No entanto, surge agora, 6 meses depois das eleições autárquicas, criticar tudo e todos, mas esquecendo-se de assumir os seus erros e a sua derrota. Fala como se fosse o senhor da verdade e o ser mais puro de entre todos os terrestres.
Em primeiro lugar, faz questão em apresentar-se, e hoje fê-lo mais uma vez, como professor catedrático e não como político. Apesar de presentemente ser político a 100%, pois é vereador na Câmara Municipal de Lisboa e deputado pelo PS na Assembleia da República. Não se assume como político, pois sabe certamente que é uma classe inundada pela corrupção e por isso com uma péssima imagem na opinião pública.
MMC afirmou que houve uma série de pessoas na comunicação social, de diferentes meios, que actuaram como uma matilha contra ele. Directores de jornais, editores, comentadores políticos, jornalistas, entre outros. Acusa-os de o terem perseguido e de terem orquestrado uma forte campanha tendo em vista denegrir a sua imagem. Onde está a liberdade de expressão para MMC? Não quererá ele inibir as opiniões dos comentadores ou os critérios jornalísticos dos editores? Será que MMC já se esqueceu que também ele já foi comentador num canal de televisão e autor de diversos artigos de opinião no Diário de Notícias, muitos deles extremamente corrosivos com certas personalidades? Será que é correcto depois de ver uma manchete no jornal Expresso que o atingia, ligar para o director do jornal a pedir satisfações, como ele próprio admitiu? Isto é que é ética?
Durante a entrevista de hoje a Judite de Sousa, MMC referiu que durante a campanha eleitoral chegaram a haver períodos de 24 horas em que não esteve acompanhado por nenhum meio de comunicação social. A TSF e a Agência Lusa já o desmentiram.
Um dos momentos mais “quentes” do livro do ex-candidato socialista à Câmara Municipal de Lisboa é o capítulo das agências de comunicação, onde afirma que foi abordado por Cunha Vaz (CV), director de uma empresa de comunicação. MMC referiu que CV lhe propôs recolher fundos “ilícitos” e “comprar opinião”. O deputado do PS conta ainda que CV lhe afiançou, “com um ar de espertalhão”, que “tudo se compra” e que tem “seis jornais na mão”– isto, perante a “incomodidade” do candidato socialista face a tais propósitos. MMC acusou-o mesmo de ser “mercenário”.
MMC afirma que recusou obviamente os serviços de CV, questionando o papel das agências de comunicação. Diz que não sabe o que fazem, e que não deveria haver intermediários entre os jornalistas e a população. Então e agora pergunto eu: O Edson Athayde foi contratado por MMC com que finalidade? Não terá sido para lhe dar conselhos como o do tão mediático, quanto triste, vídeo familiar?
O marketing político é uma disciplina há muito utilizada por exemplo nos E.U.A. Mas em Portugal também já vem sendo utilizada com alguma regularidade. Mário Soares, José Sócrates e Cavaco Silva são alguns exemplos disto mesmo.
Outro ponto interessante do livro é o relato que o autor faz do incidente do aperto de mão (ou da falta dele) no final do debate com Carmona Rodrigues (CR) na SIC Notícias. “Não pensei que estivesse a ser filmado, para gáudio de um espectáculo vergonhoso que a SIC Notícias fez. Um amigo disse-me que isso era o que fazia a polícia política dos países de Leste: filmarem cenas privadas [de um cidadão] e usarem-nas para depois o humilharem", declarou MMC.
O deputado socialista esquece-se que aquele momento, no final do debate, onde houve uma troca de palavras mais azedas entre os dois candidatos e a recusa de um aperto de mão é notícia. Em qualquer parte do mundo! O argumento de não saber que estavam a filmar não justifica tal acto. Tal como referiu Judite de Sousa, essas reportagens no final dos debates são normais em todos os canais, incluindo a RTP, que fez o mesmo nos seus debates das autárquicas. Infelizmente, para MMC, aquele momento marcou negativamente o debate e toda a campanha.
Tal facto é notícia, como foi o esquecimento de CR, em plena campanha eleitoral, do nome da Fonte Luminosa. A TSF fez questão de passar novamente esse registo radiofónico esta noite. Talvez aqui, como não houve nenhuma televisão a captar o momento, o impacto foi mais reduzido. Mas por exemplo, quem não se lembra ainda, e passado tantos anos, daquele episódio do Engº Guterres, quando era primeiro-ministro, a tentar fazer um cálculo matemático mental, que não conseguiu, acabando por dizer “É uma questão de se fazer as contas”.
É incontornável, MMC não soube gerir a imagem e prejudicou-se por diversas vezes. Colocar as culpas dos seus insucessos nos outros é muito deselegante, e acima de tudo injusto. Os comentários que tece às agências de comunicação e nomeadamente a CV são muito graves e merecem uma resposta adequada de quem de direito. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos. Até lá, aconselho MMC a comprar um manual sobre Relações Públicas para ficar a saber mais sobre esta importante área.
MMC referiu na entrevista que o seu livro não é um trabalho de vitimização, nem de ressentimento porque ele não se queixa. No entanto, surge agora, 6 meses depois das eleições autárquicas, criticar tudo e todos, mas esquecendo-se de assumir os seus erros e a sua derrota. Fala como se fosse o senhor da verdade e o ser mais puro de entre todos os terrestres.
Em primeiro lugar, faz questão em apresentar-se, e hoje fê-lo mais uma vez, como professor catedrático e não como político. Apesar de presentemente ser político a 100%, pois é vereador na Câmara Municipal de Lisboa e deputado pelo PS na Assembleia da República. Não se assume como político, pois sabe certamente que é uma classe inundada pela corrupção e por isso com uma péssima imagem na opinião pública.
MMC afirmou que houve uma série de pessoas na comunicação social, de diferentes meios, que actuaram como uma matilha contra ele. Directores de jornais, editores, comentadores políticos, jornalistas, entre outros. Acusa-os de o terem perseguido e de terem orquestrado uma forte campanha tendo em vista denegrir a sua imagem. Onde está a liberdade de expressão para MMC? Não quererá ele inibir as opiniões dos comentadores ou os critérios jornalísticos dos editores? Será que MMC já se esqueceu que também ele já foi comentador num canal de televisão e autor de diversos artigos de opinião no Diário de Notícias, muitos deles extremamente corrosivos com certas personalidades? Será que é correcto depois de ver uma manchete no jornal Expresso que o atingia, ligar para o director do jornal a pedir satisfações, como ele próprio admitiu? Isto é que é ética?
Durante a entrevista de hoje a Judite de Sousa, MMC referiu que durante a campanha eleitoral chegaram a haver períodos de 24 horas em que não esteve acompanhado por nenhum meio de comunicação social. A TSF e a Agência Lusa já o desmentiram.
Um dos momentos mais “quentes” do livro do ex-candidato socialista à Câmara Municipal de Lisboa é o capítulo das agências de comunicação, onde afirma que foi abordado por Cunha Vaz (CV), director de uma empresa de comunicação. MMC referiu que CV lhe propôs recolher fundos “ilícitos” e “comprar opinião”. O deputado do PS conta ainda que CV lhe afiançou, “com um ar de espertalhão”, que “tudo se compra” e que tem “seis jornais na mão”– isto, perante a “incomodidade” do candidato socialista face a tais propósitos. MMC acusou-o mesmo de ser “mercenário”.
MMC afirma que recusou obviamente os serviços de CV, questionando o papel das agências de comunicação. Diz que não sabe o que fazem, e que não deveria haver intermediários entre os jornalistas e a população. Então e agora pergunto eu: O Edson Athayde foi contratado por MMC com que finalidade? Não terá sido para lhe dar conselhos como o do tão mediático, quanto triste, vídeo familiar?
O marketing político é uma disciplina há muito utilizada por exemplo nos E.U.A. Mas em Portugal também já vem sendo utilizada com alguma regularidade. Mário Soares, José Sócrates e Cavaco Silva são alguns exemplos disto mesmo.
Outro ponto interessante do livro é o relato que o autor faz do incidente do aperto de mão (ou da falta dele) no final do debate com Carmona Rodrigues (CR) na SIC Notícias. “Não pensei que estivesse a ser filmado, para gáudio de um espectáculo vergonhoso que a SIC Notícias fez. Um amigo disse-me que isso era o que fazia a polícia política dos países de Leste: filmarem cenas privadas [de um cidadão] e usarem-nas para depois o humilharem", declarou MMC.
O deputado socialista esquece-se que aquele momento, no final do debate, onde houve uma troca de palavras mais azedas entre os dois candidatos e a recusa de um aperto de mão é notícia. Em qualquer parte do mundo! O argumento de não saber que estavam a filmar não justifica tal acto. Tal como referiu Judite de Sousa, essas reportagens no final dos debates são normais em todos os canais, incluindo a RTP, que fez o mesmo nos seus debates das autárquicas. Infelizmente, para MMC, aquele momento marcou negativamente o debate e toda a campanha.
Tal facto é notícia, como foi o esquecimento de CR, em plena campanha eleitoral, do nome da Fonte Luminosa. A TSF fez questão de passar novamente esse registo radiofónico esta noite. Talvez aqui, como não houve nenhuma televisão a captar o momento, o impacto foi mais reduzido. Mas por exemplo, quem não se lembra ainda, e passado tantos anos, daquele episódio do Engº Guterres, quando era primeiro-ministro, a tentar fazer um cálculo matemático mental, que não conseguiu, acabando por dizer “É uma questão de se fazer as contas”.
É incontornável, MMC não soube gerir a imagem e prejudicou-se por diversas vezes. Colocar as culpas dos seus insucessos nos outros é muito deselegante, e acima de tudo injusto. Os comentários que tece às agências de comunicação e nomeadamente a CV são muito graves e merecem uma resposta adequada de quem de direito. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos. Até lá, aconselho MMC a comprar um manual sobre Relações Públicas para ficar a saber mais sobre esta importante área.
2 comentários:
Não há santos nesta novela e de certeza que não os há nos órgãos de comunicação social, mas desde de pequeno que não gosto de filosofia e ainda não tinha nascido e já não gostava do Carrilho.
Detesto o seu maneirismo ressabiado, a sua atitude egocêntrica e o seu incontido impulso de se constituir vítima, de um mundo imaginário, onde é rei e senhor.
Para completar o quadro, só mesmo uma esposa, que é mais uma governanta pseudo-intelectual que outra coisa qualquer.
Depois deste livro, qualquer outra obra de ficção é bem-vinda.
Gosto do seu blogue e vou colocá-lo na minha barra lateral. Como estudo comunicação social, estes assuntos interessam-me.
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