Não é querer dar mais importância a Manuel Maria Carrilho (MMC) do que ele tem, mas volto a abordar este assunto pois sinto que ainda estão alguns pontos por esclarecer e para que a mentira seja desmontada de uma vez por todas.
No passado programa da RTP “Prós e Contras”, dedicado ao conteúdo de, certamente, uma das melhores obras de literatura “light” portuguesa de 2006 - “Sob o Signo da Verdade”, MMC e Emídio Rangel (ER) tiveram direito a muito tempo (eu diria mesmo, demasiado tempo) de antena em horário nobre, como jamais imaginaram ter.
Em primeiro lugar, e começando pelo acompanhante, foi notório em ER a postura e o tom de critica permanente ao seu sucessor na SIC, Ricardo Costa (RC). Desde o “eu não o faria” ao “é completamente inadmissível essa situação”, tudo serviu para tentar fragilizar publicamente RC. É claro que, aos olhos de quem quer que seja, ER busca incessantemente algum protagonismo, pois o desemprego também atinge directores de informação, e ser colunista no jornal 24 Horas não dá para as despesas mensais.
Já MMC voltou a usar os seus clichés habituais:
- Campanha difamatória por parte dos meios de comunicação social;
- As agências de comunicação não deveriam existir;
- Existe um péssimo jornalismo em Portugal;
- O livro tenta restituir a verdade para que se melhore no futuro.
Ou seja, mais do mesmo. Nada de novo.
Os dois juntos, MMC e ER, tentam apoiar-se e acreditar em algo que só quem nunca teve um contacto com este “mundo”, pode acreditar nas suas teses.
No passado programa da RTP “Prós e Contras”, dedicado ao conteúdo de, certamente, uma das melhores obras de literatura “light” portuguesa de 2006 - “Sob o Signo da Verdade”, MMC e Emídio Rangel (ER) tiveram direito a muito tempo (eu diria mesmo, demasiado tempo) de antena em horário nobre, como jamais imaginaram ter.
Em primeiro lugar, e começando pelo acompanhante, foi notório em ER a postura e o tom de critica permanente ao seu sucessor na SIC, Ricardo Costa (RC). Desde o “eu não o faria” ao “é completamente inadmissível essa situação”, tudo serviu para tentar fragilizar publicamente RC. É claro que, aos olhos de quem quer que seja, ER busca incessantemente algum protagonismo, pois o desemprego também atinge directores de informação, e ser colunista no jornal 24 Horas não dá para as despesas mensais.
Já MMC voltou a usar os seus clichés habituais:
- Campanha difamatória por parte dos meios de comunicação social;
- As agências de comunicação não deveriam existir;
- Existe um péssimo jornalismo em Portugal;
- O livro tenta restituir a verdade para que se melhore no futuro.
Ou seja, mais do mesmo. Nada de novo.
Os dois juntos, MMC e ER, tentam apoiar-se e acreditar em algo que só quem nunca teve um contacto com este “mundo”, pode acreditar nas suas teses.
Será que estes dois iluminados senhores, em planos diferentes, já pensaram, um, porque é que as pessoas votam cada vez menos? E outro, porque é que as pessoas lêem actualmente menos jornais do que liam há uns anos atrás? Será que a culpa da má imagem que os políticos têm em Portugal pertence às agências de comunicação? Não darão as agências de comunicação emprego a muitos jornalistas, recém formados ou não?
A ideia que ER e MMC têm tentado transmitir de que as agências de comunicação e os seus profissionais têm poder para mudar o Mundo é totalmente erróneo. Ridículo mesmo! Mas se tal fosse assim, acredito que vivêssemos num Mundo bem melhor, sem tanta corrupção nem disparate.
As agências de comunicação obviamente que só veiculam as mensagens que querem e que lhes interessam. Tal como os políticos que só defendem as ideias que lhes interessam, ou os jornalistas só escrevem sobre assuntos que consideram pertinentes. Já imaginaram algum dia o MMC elogiar o trabalho do PSD, por muito que fosse justo? O mesmo acontece com as agências de comunicação: só comunicam temas e produtos para os quais têm interesse. São empresas e por isso visam o lucro. Tal como os meios de comunicação social são empresas que procuram aumentar as vendas/audiências para se tornarem produtos mais valiosos e angariarem mais contratos publicitários. Para isto, adequado ao perfil de cada meio, os jornalistas produzem notícias apelativas para criarem impacto nos seus leitores/telespectadores.
Se é verdade, tal como referiu o jornal Expresso, que 70% das notícias publicadas na imprensa (número que francamente acho exagerado) são difundidas por agências de comunicação ou gabinetes de imprensa, penso que este seja um assunto que deverá ser tratado com muito cuidado e atenção. Face a este número, já imaginaram o que seria dos media nacionais sem agências de comunicação? Como conseguiriam eles fechar as suas edições e angariar a publicidade que conseguem? Não será que eles também lucram com o trabalho das agências de comunicação?
Com as redacções cada vez mais reduzidas de pessoas, as agências de comunicação são autênticas extensões dos meios de comunicação social. Os técnicos das agências elaboram conteúdos e simplificam o trabalho de muitos jornalistas, pois sabem quais as necessidades destes. Poupam-lhes assim muito tempo e trabalho. No entanto não quero que julguem que sou adepto do jornalista que apenas se limita ao copy/paste do press release. Penso que é benéfico para ambas as partes que um jornalista reflicta sobre um determinado tema proposto por uma agência de comunicação. Isso leva a uma maior criatividade ao nível dos ângulos de abordagem e dos próprios assuntos existentes nos meios, em que o leitor/espectador é sempre quem lucra mais.
No entanto são os jornalistas que decidem sempre, mas mesmo sempre, o que é publicado ou não. Às agências de comunicação cabe-lhes apenas oferecer temas e assuntos para abordarem. Os meios de comunicação social é que têm de saber separar o trigo do joio. Pois, obviamente, existem agências e técnicos de comunicação que prestam um mau serviço.
Por último, deixo aqui uma questão para reflectirem: Se as agências de comunicação são dispensáveis, porque é que nós contribuintes temos de pagar os elevados salários dos assessores de comunicação dos ministros do governo?