domingo, 30 de junho de 2013

O Facebook está a autodestruir-se

 
O responsável comercial do Facebook em Portugal referiu na semana passada que «a maioria das empresas acha que estar no Facebook é ter a agência de comunicação a colocar posts. O que não sabem é que é preciso pagar para se ter a certeza que se chega às pessoas» (in Diário Económico).
Se a partir de agora o foco dos responsáveis pelo Facebook for exclusivamente o aumento das receitas publicitárias, prevejo uma queda abrupta e irrecuperável da sua importância junto das pessoas. Aliás, já existem alguns dados que comprovam isto mesmo. Os conteúdos terão de ser sempre a prioridade de qualquer plataforma social, caso contrário tornam-se simplesmente vazias e perdem a razão da sua existência. Além disso chegar às pessoas não é suficiente. O importante é ter relevância junto destas para ganhar notoriedade e influenciar decisões.
A pressão da entrada em bolsa, há mais de um ano, e a constante desvalorização das suas ações tem levado o Facebook a apostar em múltiplos formatos publicitários que a tornam menos apelativa para os seus utilizadores. Compreende-se que terão de existir receitas para que possa subsistir mas nunca poderá ser a todo o custo ou de qualquer forma.
A gestão da carga publicitária numa rede social é algo muito sensível e delicado. O excesso de intrusão ou um desequilíbrio acentuado entre conteúdos e publicidade leva rapidamente ao desaparecimento dos seus utilizadores. E quando assim é, estará logo à espreita uma outra rede social mais recente, sexy e apelativa entretanto surgida.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Associação Portuguesa de Bancos



O Diário Económico refere hoje (ler aqui) que a Agência Portuguesa de Bancos (APB) equaciona contratar uma agência de comunicação. No entanto, e para meu espanto, a ideia não mereceu a total recetividade dos responsáveis de comunicação dos principais bancos. Será que não entendem que para além da comunicação comercial de cada banco é benéfico que a entidade que representa o setor tenha igualmente um parceiro e uma estratégia de comunicação que defenda os interesses dos seus associados.


quinta-feira, 6 de junho de 2013

Comunicação Sindical




Apesar de vivermos um momento propício à afirmação e desenvolvimento da atividade sindical, considero que estas organizações não estão a conseguir fazer passar a sua mensagem. São vários os problemas que identifico à partida:
 
» A baixa taxa de sindicalização dos jovens;
» O conservadorismo das suas ações;
» O tipo de discurso utilizado;
» O extremismo de algumas posições públicas;
» Falta de propostas construtivas;
» Pouca exploração dos canais digitais;
» O excesso da partidarização da atividade sindical;  
» Demasiados sindicatos e pouco fortes.
 
Por isso, diria que essencialmente os sindicatos necessitam hoje de uma maior frescura, no discurso e nas posições tomadas, e demonstrar que são efetivamente relevantes para a sociedade portuguesa, nomeadamente ao nível dos resultados das suas ações e propostas apresentadas. Caso contrário o envolvimento com os portugueses ficará, irremediavelmente, comprometido e o distanciamento será cada vez maior.