Uma recente campanha publicitária contra o cancro da pele, criada pela Sociedade Americana de Cancro, tem sido alvo de grande polémica. Em causa está o conteúdo da mensagem considerada pelos especialistas norte-americanos como de excessiva, nomeadamente no que diz respeito à mortalidade.
A imagem tranquila e serena de uma senhora contrasta com o peso das palavras: «A minha irmã suicidou-se acidentalmente. Morreu de cancro da pele. Se não se vigia, o cancro da pele pode ser fatal». Depois, surge o conselho: «Use protector solar, cubra-se e esteja atento às alterações da pele». Mais do que sensibilizar as pessoas para o risco da exposição solar prolongada, a campanha tem sido alvo de um coro de críticas. Segundo diversos especialistas médicos oncológicos, o texto é demasiado «duro», «alarmista» e «enganoso», não correspondendo minimamente à verdade.
Tal como é habitual nestas campanhas, e apesar das revistas terem oferecido o espaço publicitário, existe um sponsor. Neste caso concreto, a fabricante de protectores solares Neutrogena, do grupo Johnson & Johnson. Embora o nome desta não figure nos materiais publicitários, o certo é que a sua participação agudiza o tom de críticas e suspeitas às mensagens veiculadas.
Perante os factos: «o cancro da pele representa menos de 2% das mortes por cancro», sou da opinião que o anúncio é demasiado negativo e agressivo. Quem trabalha na área (tal como o público em geral) sabe que existe normalmente uma certa sobrevalorização das problemáticas. Esta é a realidade e é normal que assim suceda. Não vale a pena camuflar este evidente cenário. O que importa salientar é que esta campanha, pela sua natureza, criou grande controvérsia na opinião pública. Teve substrato para gerar um interessante buzz na população e nos consumidores. Isto não é fácil, nem está ao alcance de todos, tal como poderão ver no meu próximo post.
Conclusão: Quase sempre a controvérsia é benéfica. Mesmo desconhecendo eventuais estudos, acredito que a Sociedade Americana de Cancro (ao nível da notoriedade) e a Neutrogena (ao nível da notoriedade e vendas) não “perderam a sua pele” neste palco mediático.
A imagem tranquila e serena de uma senhora contrasta com o peso das palavras: «A minha irmã suicidou-se acidentalmente. Morreu de cancro da pele. Se não se vigia, o cancro da pele pode ser fatal». Depois, surge o conselho: «Use protector solar, cubra-se e esteja atento às alterações da pele». Mais do que sensibilizar as pessoas para o risco da exposição solar prolongada, a campanha tem sido alvo de um coro de críticas. Segundo diversos especialistas médicos oncológicos, o texto é demasiado «duro», «alarmista» e «enganoso», não correspondendo minimamente à verdade.
Tal como é habitual nestas campanhas, e apesar das revistas terem oferecido o espaço publicitário, existe um sponsor. Neste caso concreto, a fabricante de protectores solares Neutrogena, do grupo Johnson & Johnson. Embora o nome desta não figure nos materiais publicitários, o certo é que a sua participação agudiza o tom de críticas e suspeitas às mensagens veiculadas.
Perante os factos: «o cancro da pele representa menos de 2% das mortes por cancro», sou da opinião que o anúncio é demasiado negativo e agressivo. Quem trabalha na área (tal como o público em geral) sabe que existe normalmente uma certa sobrevalorização das problemáticas. Esta é a realidade e é normal que assim suceda. Não vale a pena camuflar este evidente cenário. O que importa salientar é que esta campanha, pela sua natureza, criou grande controvérsia na opinião pública. Teve substrato para gerar um interessante buzz na população e nos consumidores. Isto não é fácil, nem está ao alcance de todos, tal como poderão ver no meu próximo post.
Conclusão: Quase sempre a controvérsia é benéfica. Mesmo desconhecendo eventuais estudos, acredito que a Sociedade Americana de Cancro (ao nível da notoriedade) e a Neutrogena (ao nível da notoriedade e vendas) não “perderam a sua pele” neste palco mediático.