Os contratos que ligam as empresas às agências de comunicação são cada vez mais temporários. Em vez dos habituais contratos anuais, baseados em fees mensais, a realidade é agora composta por relações semestrais, trimestrais ou até menos tempo. As relações duradouras entre cliente/agência, fruto das renovações sucessivas, deixaram também de ser uma prática habitual no panorama nacional.
Actualmente a agência tem menos margem de erro junto do cliente. Não existe grande tolerância para desculpar eventuais fracassos na comunicação ou faltas de profissionalismo. Os consultores de comunicação são postos à prova quase diariamente, o que é perfeitamente normal, pois os gestores das empresas vivem de resultados que têm de ser melhores ano após ano. Por outro lado, a grande oferta que existe no mercado em termos da oferta de serviços de comunicação faz com que a insatisfação leve rapidamente à procura de novos parceiros.
Na minha opinião, esta filosofia de mercado é benéfica para todos. Constitui-se como um forte estímulo ao desenvolvimento das competências individuais de cada um. É ainda um positivo contributo para que sejamos mais profissionais e competentes, lutando agressivamente por maximizar os proveitos dos nossos clientes.
Numa altura em que o final de ano se aproxima em passos largos, muitas contas fazem o balanço dos seus projectos comunicacionais e algumas delas preparam-se para abrir concurso. É tempo de dar asas à imaginação e criatividade e apresentar propostas que levem os clientes a sonhar. Apelar às emoções é uma estratégia a seguir. No entanto, esta terá de vir invariavelmente acompanhada por uma execução objectiva e demonstrativa dos conceitos e ideias que refere. Os tempos são de mudança!