No próximo dia 26 de Setembro, 3ªfeira, pelas 18h45, na Livraria Almedina, no Centro Comercial Atrium Saldanha, em Lisboa, será lançado o livro "Crises - de ameaças a oportunidades". Uma obra que conta com a participação de um conjunto prestigiado de especialistas portugueses na área e diversos case studies. Certamente uma obra a não perder.
Um olhar pelos bastidores das Relações Públicas em Portugal no primeiro blog nacional sobre o tema. (Desde Agosto de 2005)
domingo, 24 de setembro de 2006
quarta-feira, 20 de setembro de 2006
O nascimento do Sol
Envolto numa grande expectativa e mistério, o semanário Sol nasceu no passado dia 16 de Setembro. Com José António Saraiva a ser o grande protagonista de todo este processo, Felícia Cabrita, José António Lima, Mário Ramires e Vítor Rainho são outras personagens que ocupam lugar de destaque no arranque deste novo título. Todas elas provenientes do semanário de Francisco Pinto Balsemão.
Muito se fala sobre a atitude de José António Saraiva fundar um novo jornal, directamente concorrente ao Expresso. Uns dirão vingança outros afirmarão obsessão. O que é certo é que este novo player do mercado obrigará os já existentes a trabalhar mais e melhor. Não só o Expresso como muitos pensarão. Os jornais diários terão também de reflectir sobre o que têm vindo a fazer e qual a melhor estratégia para agarrar cada vez mais leitores. Isto porque ainda para mais, o sábado é um dos dias mais fortes da semana em termos de vendas, pois as pessoas estão mais predispostas a ler e possuem mais tempo para o fazer. Sinal desta reacção foi já dada pelo Correio da Manhã que, no passado sábado, publicou uma edição especial de mais de uma centena de páginas ao preço habitual. Por sua vez, como é também do conhecimento público, o Expresso alterou o seu formato, as suas linhas gráficas e passou a oferecer um DVD juntamente com o jornal. Isto tudo a um preço mais reduzido!
Aos consumidores, a concorrência alarga o espectro de escolha. São estes os maiores beneficiários. O surgimento do semanário Sol com uma filosofia de maior proximidade com a população, que se verifica através dos temas abordados e da linguagem empregue, veio alterar de imediato a postura dos seus concorrentes. O mesmo já aconteceu no chamado universo das newsmagazines em Portugal, onde o aparecimento da revista Sábado provocou um maior dinamismo ao seu concorrente mais directo: a Visão.
Aos consumidores, a concorrência alarga o espectro de escolha. São estes os maiores beneficiários. O surgimento do semanário Sol com uma filosofia de maior proximidade com a população, que se verifica através dos temas abordados e da linguagem empregue, veio alterar de imediato a postura dos seus concorrentes. O mesmo já aconteceu no chamado universo das newsmagazines em Portugal, onde o aparecimento da revista Sábado provocou um maior dinamismo ao seu concorrente mais directo: a Visão.
Para quem trabalha nas relações públicas, nomeadamente no trabalho de assessoria, o arranque do Sol constitui mais uma oportunidade comunicacional para negociar artigos e ver o retorno de investimento aumentado. O zum-zum criado na passada semana em torno deste novo projecto editorial ajudou, certamente, por outro lado, a estimular o interesse dos portugueses para a leitura de jornais. Sem dúvida um balão de oxigénio neste mercado em constante queda. Abençoado Sol!
segunda-feira, 4 de setembro de 2006
A última manchete do jornal O Independente
Foi pelas manchetes bombásticas que o jornal O Independente ficou conhecido nos últimos anos. Principalmente quando Paulo Portas liderava a direcção do semanário. Os telefonemas fatídicos à 5ªfeira, dia de fecho, quase sempre ao final do dia, faziam tremer qualquer político, por mais ilustre que fosse. Uma filosofia de contrapoder e de grande irreverência constituíam a orientação da jovem redacção do jornal.
Muitos, certamente, acusarão Paulo Portas de ter usado O Independente como trampolim para a vida política que toda a gente conhece e que culminou como ministro de Estado, da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar no XVI Governo Constitucional. No entanto, foi no seu tempo que o jornal mais vendeu. Nada menos, nada mais do que 100 mil exemplares por semana. Segundo os dados mais recentes da APCT, o jornal nem chegava à barreira humilde dos 10 mil exemplares.
Para nós, profissionais de comunicação e amantes de um pluralismo de opiniões e uma diversidade de projectos jornalísticos, é com pena que assistimos a mais este encerramento no quadro da imprensa portuguesa. Na minha opinião, o jornal tinha espaço para continuar e ganhar mais leitores. Bastava ter uma maior estabilidade e um rumo bem definido. Parece-me que ter dois semanários – Expresso e SOL – seja pouco, muito pouco mesmo. Ainda mais quando desconfio que o novo jornal, que chegará às bancas ainda durante o mês de Setembro, será pouco ou nada diferente do que já estamos habituados.
Este fecho do jornal O Independente vem por outro lado demonstrar que é cada vez mais difícil surgirem e vingarem publicações independentes a grandes grupos de imprensa. As sinergias que se criam dentro de empresas com diversos títulos fazem a diferença, e numa altura de vacas magras, os leitores fazem escolhas e lêem cada vez menos. Este episódio constitui mais uma ferida na já tão debilitada imprensa nacional.
Muitos, certamente, acusarão Paulo Portas de ter usado O Independente como trampolim para a vida política que toda a gente conhece e que culminou como ministro de Estado, da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar no XVI Governo Constitucional. No entanto, foi no seu tempo que o jornal mais vendeu. Nada menos, nada mais do que 100 mil exemplares por semana. Segundo os dados mais recentes da APCT, o jornal nem chegava à barreira humilde dos 10 mil exemplares.
Para nós, profissionais de comunicação e amantes de um pluralismo de opiniões e uma diversidade de projectos jornalísticos, é com pena que assistimos a mais este encerramento no quadro da imprensa portuguesa. Na minha opinião, o jornal tinha espaço para continuar e ganhar mais leitores. Bastava ter uma maior estabilidade e um rumo bem definido. Parece-me que ter dois semanários – Expresso e SOL – seja pouco, muito pouco mesmo. Ainda mais quando desconfio que o novo jornal, que chegará às bancas ainda durante o mês de Setembro, será pouco ou nada diferente do que já estamos habituados.
Este fecho do jornal O Independente vem por outro lado demonstrar que é cada vez mais difícil surgirem e vingarem publicações independentes a grandes grupos de imprensa. As sinergias que se criam dentro de empresas com diversos títulos fazem a diferença, e numa altura de vacas magras, os leitores fazem escolhas e lêem cada vez menos. Este episódio constitui mais uma ferida na já tão debilitada imprensa nacional.
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