Este post surge em jeito de comentário a esta nota lançada pelo Telmo Carrapa que já foi abordada, embora de forma ligeira, pelo Rodrigo Saraiva e Rui Calafate aqui e ali respectivamente.
Vejo sempre com bons olhos todas as acções que contribuam para o reconhecimento e valorização do sector das Relações Públicas em Portugal. Como sabem estou igualmente disponível para arregaçar as mangas e transformar meras conversas e ideias abstractas em iniciativas reais. Foi com esse propósito que me empenhei num conjunto de projectos, como são exemplo este blog (que completa o 5º aniversário já no próximo mês), o livro Relações Públicas Sem Croquete ou a própria Petição. É por isso também que aplaudo acções como o PR After Work que surgem através de profissionais independentes e que fazem mais pelo sector do que grande parte dos movimentos associativos em muitos anos. O sucesso destas iniciativas demonstram que a vontade, o querer e o agir desinteressadamente pelo sector é valorizado e reconhecido por quem nele actua, sobrepondo-se à inércia e letargia de quem ocupa muitas das vezes lugares de destaque em instituições apenas pela projecção pública que esses cargos lhes confere.
Tal como tive oportunidade de referir no meu livro, um dos desafios para a área das RP é o reconhecimento da importância desta disciplina no contexto empresarial e a união dos seus profissionais. Mantenho o que disse na altura: “Muitos dos intervenientes só se fazem ouvir quando criticam os seus mais directos concorrentes. Outros têm uma atitude individualista, focando-se apenas nos lucros das suas empresas e pouco, ou mesmo nada, no crescimento deste mercado. Seria importante que as diversas associações existentes em Portugal se unissem em torno de uma campanha nacional de valorização da profissão de relações públicas. Tal iniciativa estimularia um diálogo profícuo entre empresas, profissionais e estudantes, promovendo em simultâneo a afirmação de uma área que na maior parte das situações é difamada e menosprezada em plena praça pública”.
Acredito por isso que a solução para a nossa maleita seja maior dinamismo e acções concertadas entre todos e menos gente a olhar exclusivamente para o seu pequeno, e por vezes mal cuidado, quintal.
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