quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Flogging

Cada vez mais na moda o termo flogging, que resulta de uma contracção de fake (farsa) com blogue, é utilizado para designar a criação de blogues puramente promocionais por parte de departamentos de marketing e comunicação, ou até mesmo através de empresas especializadas. Quando esta situação é descoberta publicamente, a empresa pode ver a sua credibilidade seriamente afectada.

O principal problema com os blogues, do ponto de vista das marcas, é a má utilização que empresas de marketing estão a fazer deles. Muitas das vezes, com o objectivo de promover produtos, serviços ou marcas, o envolvimento da empresa no site não é divulgado, surgindo comentários, aparentemente naturais, como se tivessem sido escritos por verdadeiros consumidores quando, na verdade, são lá colocados por pessoas contratadas para tal efeito.

Estas operações de marketing viral tentam explorar ao máximo a necessidade que os consumidores têm de partilhar informação entre os seus pares e o facto dos comentários dos blogues serem considerados isentos, para conquistarem o interesse dos consumidores. A facilidade na sua criação e o facto de ser muito difícil determinar a sua autenticidade torna-os muitos atractivos do ponto de vista comercial.

O caso mais recente aconteceu na campanha de Natal da Zipatoni, empresa de brand-building e marketing multimédia contratada pela Sony para promover a Playstation Portable. A empresa lançou assim um blogue para gerar ruído comunicacional em torno do lançamento. Dois autores foram contratados para escrever posts acerca do quanto desejavam ter uma consola e outros, igualmente pagos, pintaram t-shirts para convencer as pessoas a replicar o desejo e a promover as vendas. No entanto não demorou muito até os consumidores se aperceberem que estavam perante uma armadilha propagandista, gerando de imediato um conjunto de opiniões negativas sobre a atitude da Sony.

Com este tipo de acções, as organizações comprometem aquilo que procuram diariamente, e que tanto tempo leva a conquistar: a sua credibilidade junto dos seus públicos-alvo. Tal comportamento deve ser evitado. No entanto quando não acontece, é exigido à empresa que emita um pedido de desculpas formal admitindo o erro.

1 comentário:

Anónimo disse...

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